sábado, 26 de dezembro de 2009

Um Socorro ao Rio São Francisco “Inédito”

O centro de tradições cearense
È uma iniciativa honrada
Apesar de trinta e três anos
Mais só agora foi lembrada
Dos nordestinos desbravadores
Do progresso e dos valores
Da região potenciada.

Os principais responsáveis
Pelo crescimento da cidade
O progresso de Barreiras
Se deve a nossa comunidade
Juntamente com o 4º Batalhão
Transformamos a região
Numa ponte de prosperidade.

Só havia seis mil habitantes
Quando chegamos em Barreiras
Atividade era pescar no rio
E o leite da mangabeira
E os movimentos fluviais
Que atualmente não tem mais
Que era a barca pesqueira.

Em matéria de transporte
Só havia dois calhambeques
Alguns botecos quebrados
Onde se tomava pileque
O rio pra pescar muçum
Um brega com nome de céu azul
Se fazia programa de moleque.

Em uma bacia hidrográfica
Barreiras é privilegiada
A região cercada por rios
Toda cidade aguada
Cearenses e o Batalhão
Transformaram a região
Numa produção sustentada.

Peço à mãe natureza
Um pouco de inspiração
Para compor uns versos
Usando uma atribuição
Com um trabalho poético
No popular dialético
De rima e improvisação.

Sergio Luiz Rocha Moreno
Um digníssimo coordenador
De nossos recursos hídricos
Foi ele quem me adiantou
Detalhes para eu rimar
Na moda da poesia popular
Que chaga até ao leitor.

Apesar de um trabalho
Sem pesquisa de expedição
Infelizmente não tenho
Retrospectiva de visão
Mas vou escrever baseado
Em dados que foram dados
Espero chamar atenção.

O rio São Francisco avisa
Que quer se recuperar
Alertamos às autoridades
Laicas e voluntárias que há
Este inesgotável manancial
Um patrimônio nacional
Alguém tem que salvar.

O rio São Francisco nasce
No estados de Minas Gerais
No município de São Roque
Antes conhecido por São Braz
No pé da Serra da Canastra
E por sete Estados se alastra
Por agrestes e matagais.

Mas sua poluição atual
É bastante preocupante
O assoreamento na bacia
E o desmatamento constante
E o uso da água inadequado
Por povos despreparados
De moradores habitantes.

Se ninguém socorrer o rio
Dos problemas ambientais
Poucas pessoas têm idéia
De quanto é grave e capaz
Corre o risco até de secar
Se deixar o tempo passar
Pode ser tarde demais.

Mas temos a convicção
De quando o homem quer, faz
Só nunca vai conseguir
É uma conciliação na paz
Porque não se muda coração
E na política e na religião
Tem turbulência demais.

Tem os marechais da bola
Tem os marechais da religião
Tem os marechais da política
Tem os marechais do milhão
Com tanto marechal no poder
Não podem deixar morrer
Um patrimônio da nação.

Apesar que isso pertence
Ao Congresso Nacional
E ao Poder Executivo
Deste Governo Federal
O governo estadista
Só ele tem duas conquistas
No processo eleitoral.

O segundo mandado deu
Ao presidente do Brasil
A chance de lhe testar
Como o governo reagiu
No setor da economia
O que ninguém conseguia
Este governo conseguiu.

Estou desviando o tema
Mas quero me desculpar
Com política e religião
Não quero nem sonhar
Seja esporte ou carnaval
É descontrole emocional
Só faz agitar sem educar.

Sobre a degradação do rio
Pela pecuária leiteira
Fábrica de metal pesado
Na indústria carvoeira
Ocupação desordenada
Das agriculturas irrigadas
Até as redes hoteleiras.

Com ação devastadora
Do homem ao meio ambiente
Na exploração das florestas
E do gás tóxico poluente
Toneladas de impurezas
Jogadas em suas correntezas
No rio e nos seus afluentes.

Com esgotos de dejetos
De intoxicações envenenadas
Das cidades às suas margens
Algumas industrializadas
De iodos das minerações
E de outras intoxicações
Como roupas sujas lavadas.

Esta parafernália imunda
Que a água do rio recebe
Chega ao nosso organismo
Pela água que a gente bebe
Uma das causas principais
Que a vida não vive mais
E quase ninguém percebe.

O rio São Francisco Passa
Por quinhentos e quatro
Cidades em suas margens
Todas servidas em contato
E todas são beneficiadas
Pelas suas águas banhadas
Mas só recebe maus tratos.

Com 640.000 quilômetros de área
E 2.700 quilômetros de extensão
Até à foz no oceano atlântico
No curso de transcoação
Tem trecho tão degradado
De entulho e lixo enterrado
Não dá mais pra navegação.

Os problemas do Velho Chico
É dos mais arraigados
No seu desassoreamento
É bastante complicado
No controle da poluição
Na evolução da população
No crescimento desordenado.

Já pode até ser incluído
Em caso sem solução
Como a violência e as drogas
Prostituição e corrupção
E o equilíbrio ambiental
Passa do ruim para o mal
Andando na contra mão.

Na Conferência Mundial
Em noventa e dois no Brasil
No controle do eco-sistema
De pouco ou de nada serviu
Os rios e os lagos poluídos
E o mundo todo aquecido
Passando o século três mil.

O rio chama atenção
Das prefeituras locais
Das cidades às suas margens
E das instituições federais
Para um socorro devido
O rio está comprometido
Não pode esperar mais.

A exemplo do que aconteceu
Com a baía da Guanabara
E o rio Tietê e o Paraíba do Sul
E espelho está às claras
E com este não é diferente
Pois o que se vê diariamente
É uma poluição que não pára.

Para o rio São Francisco
Já tem até um senador
Que já levou ao senado
Um discurso como relator
No sentido de alertar
Da gravidade que está
De tudo que pesquisou.

O senador Waldez Ornelas
Tem até um livro editado
Expondo as conseqüências
Que levou ao senado
É um passo importante
Estamos até confiante
Que o governo está avisado.

Os órgãos ambientais
Devem ficar atentos
Porque o governo federal
Já tomou conhecimento
Agora só falta uma ação
Na esperada continuação
Deste desassoreamento.

Assoreamento é aterro
De uma bacia hidrográfica
Para o leitor que não tem
Dicionário ou gramática
Apesar de não ser professor
Mas a natureza me ensinou
Na teoria e na prática.

Meu trabalho está concluído
Agora é o julgamento do leitor
Pode fazer uma avaliação
Como o poeta se comportou
Pedindo projetos e ação
Pra ficar só na imaginação
Deixa ficar com rezador.

Ainda vou vê o Velho Chico
Com suas águas transparentes
E sua fauna volta a viver
Na recuperação dos nutrientes
E a população barqueira
Voltar atividade pesqueira
Pra viver condignamente.

Espero que estes versos
Seja um incentivador
Apesar de muito simples
Porque não tive professor
Mas para o bem da nação
Do poeta só a gratidão
Para o digníssimo leitor.

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